Exposição no Memorial da América Latina
Neste domingo, 15, é comemorado o Dia
Mundial do Desenhista, esse profissional que com lápis, papel e muita
imaginação é capaz de ir longe e criar desenhos incríveis. Ele pode ser
técnico, desenhista industrial, ilustrador, cartunista, programador
visual ou aquele que se dedica ao desenho livre.
Sérgio Luiz Roda, conhecido como Iéio, é cartunista e em
conversa com o jornal Primeira Página conta sobre a profissão de
desenhista e dá a dica para quem estiver interessado em seguir na
profissão. “Ser desenhista é uma profissão como qualquer outra, que
exige dedicação e, muitas vezes, mais do que oito horas de trabalho por
dia. Isso passando pela fase de estudos, pesquisa do estilo do desenho
até o resultado final. Lógico que o tempo é relativo, pois em cada área
de atuação existem os desenhos mais complexos e outros mais simples.
Dentro da área do desenho é possível atuar em diversas áreas como,
ilustrador de livros infantis, desenhista animador (produção de desenho
animado), quadrinhista, retratista, chargista e até mesmo ilustrações
médicas e botânicas”.
Iéio, que desde criança tem contato com o desenho e
sempre foi atraído por esse universo, diz que a sensibilidade visual é a
principal ferramenta que guia uma pessoa a decidir se tornar um
desenhista. “Hoje em dia com mais experiência sei ter um olhar mais
apurado e saber o que é bom e o que é ruim. Para me tornar cartunista,
tenho estudado desde os 16 anos. Nesse ramo temos que errar muito e
entender o que nossa mão desenha. Não é somente o gosto pessoal que
ajuda, é preciso ler muitos livros e estar atento trocando informações
com diversos artistas. Deixo uma dica, não é nada fácil garimpar o nosso
caminho. O que serve para um artista não serve para o outro”.
A maioria dos desenhistas contemporâneos vive de seus
trabalhos artísticos, que são usados em livros infantis, propagandas,
jornais e revistas. Iéio diz que a chave para se dar bem na profissão é
ter persistência, trabalhar duro, estudar e ser honesto com sua arte.
“Um conselho que sempre escutei dos meus mestres é que estudar é
fundamental, porém, o maior conselho de todos é que a pessoa deve saber
valorizar o próprio trabalho. Você tem o trabalho justo e eu tenho o
desenho ideal”, brinca o cartunista. “Uma coisa que o desenhista não
deve fazer, e sempre alerto meus alunos para isso é o ato de não cobrar
pelos seus desenhos, é importante saber valorizar os trabalhos e ficar
atento para não cair em armadilhas”, ressalta.